quarta-feira, dezembro 17, 2008

X-Macbeth

- E aí, cerveja mais tarde? Bar do Anão?

- Não róla, tenho que estudar. Prova sobre Macbeth amanhã.

- Porra, Macbeth é ridículo! Deixa de ser sóbrio!

- Num fode.

- Sério, eu desenvolvi um método pra compreender perfeitamente qualquer obra literária do cânone ocidental.

- Claro que desenvolveu. Então?

- É só comparar tudo com X-Men.

- Ahm. Tu já ta bêbado? Sabe que horas são?

- Sério, vai lá, compara aí. Vai por mim. Funciona.

- Beleza. Isso pode ser divertido.

- Sempre é.

- Bom, o Macbeth tem que ser o Ciclope. É o soldado perfeito, voltando da guerra, vitorioso e bem sucedido. Está prestes a ser promovido a Thane of Cawdor.

- Hã?

- Ok, líder dos X-Men.

- Agora sim.

- A Lady Macbeth, obviamente, é a Jean Grey. Mas, possuída pela Fênix Negra, ela envenena os ouvidos do Ciclope, persuadindo ele a cometer o assassinato do rei, ops, do Professor Xavier.

- O Ciclope nunca mataria o Professor Xavier assim, de bobeira.

- É, mas tá aí a graça. Quando ele tá voltando da guerra, o Ciclope encontra as Três Bruxas...

- Ein?

- Três Bruxas com poderes de ver o futuro...

- Fácil essa. Deixa eu te ajudar. Três Bruxas precogs podem ser..., sei lá, a Sina, a Feiticeira Escarlate e o pintor do Heroes. Então?, continua.

- Bom, elas vêem o futuro do Ciclope, dizem que ele se tornaria rei, ops, diretor da Escola Xavier. E ele fica boladão e tudo mais, né, deduzindo que para isso ia ter que matar o atual diretor. Só que eu concordo com você, ele nunca faria isso assim, de bobeira.

- Aí que entra a Fênix Negra.

- Isso. Ela dá uma prensa nele. Diz que ele tem que ter atitude, tem que ser o machão da parada. Matar o rei, porra.

- Não dá pra dizer não pra Fênix Negra. Mó ruivona gostosa de colante e tal.

- É, esse ponto é auto-explicativo. Ruiva. Colante.

- E aí?

- Acontece que a Fênix vai recuperando os sentidos e volta à personalidade de Jean Grey, ela não consegue viver com o fardo de ter tomado parte no assassinato do Xavier.

- Claro que não consegue. Ela destruiu um planeta inteiro quando estava doidona, eu lembro. Deve rolar um remorsinho. E depois...?

- O que você acha?, não leu a Saga da Fênix Negra? Ela se mata, porra. No meio do cerco do castelo.

- Ah, mas é claro. A Jean se desintegra, quando róla aquela porradaria com a Guarda Imperial Sh’iar.

- Caralho, mané, não é que está funcionando?

- Porra, você precisa estudar mesmo?

- Putz, Shakespeare é moleza, queria ver minha professora explicar a cronologia dos X-Men.

- E, cá pra nós, Dias de um Futuro Esquecido deixa qualquer Macbeth no chinelo.

- Demorou tomar cerveja. Que horas no Bar do Anão?


(Diálogo realmente inspirado em uma conversa de msn. Só conheço gente maluca)

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segunda-feira, dezembro 15, 2008

Absolution


A Mojo Books é uma editora que publica e-books baseados em discos. É uma proposta bem interessante, com resultados cheios de altos e baixos, evidentemente. Bom, não estou fazendo propaganda porque andaram me mandando brindes, e sim porque a Mojo recentemente publicou um conto meu, baseado no disco Absolution, do Muse, e que você pode baixar no link abaixo, é digratís:

http://www.mojobooks.com.br/mojo_inteira.php?idm=175


Bom fim de ano a todos e divirtam-se. Afinal, alguém tem que se divertir enquanto a UERJ suga a minha vida em pleno verão. E se me permitem sugerir, dêem Nerdquests aos amigos e parentes nesse Natal. (Bom, eu não podia perder essa chance).

Bjundas!


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