sexta-feira, setembro 30, 2005

Spellfire: Master the Little Anger

Cardgames nerds, em especial o Spellfire, devem ser criações do Diabo. Todo mundo que joga já pensou nessa possibilidade.

Eu imagino o Inferno, o Diabo reunido com todos os seus renomados assessores: Seth, Loki, Santos Dumont e o traficante carioca Docinho (não me perguntem qual o critério que o Diabo usou; eu também sei que não faz sentido nenhum, mas não é do seu pecúlio). O Diabo estaria muito puto, já que acabara de descobrir que WAR e Banco Imobiliário não eram suficientes para semear a discórdia entre as novas gerações. Eles precisavam criar um jogo novo, original, e ainda mais diabólico. Por isso copiaram Magic: The Gathering e pariram o Spellfire.

Seth iria dizer que o objetivo desse cardgame era a destruição do próximo e a judiação do mais fraco, por isso estava perfeito.

Loki ia afirmar que o único meio de triunfar em tal jogo era através de manipulações mesquinhas e traições, que voltariam amigos contra amigos e separariam casais irremediavelmente. Justo o que eles precisavam.

Santos Dumont ia dizer que inventou o avião, para voar feito um passarinho.*

E Docinho ia acrescentar o toque final. As cartas apelonas, artifícios especiais do jogo, cuidadosamente planejadas para causar ódio; combos improváveis, mas que continuam surgindo insistentemente, sempre que o clima do jogo ainda está amistoso (como os eventos Calm + Transformation, pra citar o mais popular entre os meus amigos). Desse modo, uma só jogada pode desencadear a reação que vai transformar a inocente partida em uma batalha campal.

E a gargalhada triunfal do cramunhão soaria das profundezas do Inferno.

Eu já vi coisas assustadoras em jogos de Spellfire. Já tive a integridade física ameaçada (a moral, nem se fala), vi casais se separando, cartas sendo jogadas para o alto e uma vez até uma carta sendo comida. (Bom, um amigo meu também engoliu uma peça de WAR, então concluo que comer peças do jogo seja um procedimento padrão para aplacar a ira quando a situação se torna insuportável).

Até que, tempos depois, um assessor mais esperto do Diabo (imagino que o mesmo que sugeriu a Inquisição Espanhola) iria propor a criação de World of Warcraft.

E a humanidade segue em sua lenta caminhada rumo a perdição.


* Citação extremamente forçada à letra da música Santos Dumont, da banda El Efecto, que por acaso é foda pra caralho.




1 Comments:

Blogger Pedro Fraga said...

Se fudeu, foi pego pela mafia do spam de blogs

11:02 AM  

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